Caráter de Deus - Os atributos naturais de Deus

 Caráter de Deus (Atributos do Altíssimo)

 

 

Os atributos de Deus são aquelas características essenciais permanentes e distintivas que podem ser afirmadas a respeito de seu ser. Seus atributos são suas perfeições inseparáveis de sua natureza e que condicionam seu caráter. Os teólogos têm feito muitas tentativas para classificar os atributos de Deus em atributos naturais e atributos morais. Os atributos naturais de Deus são todos aqueles que pertencem à sua existência como Espírito infinito e racional. Enquanto que os atributos morais de Deus são aqueles atributos adicionais que lhe pertencem como Espírito infinito e justo.

 

Os atributos naturais de Deus

 

Os atributos naturais de Deus são: eternidade, imutabilidade, onisciência, onipotência e onipresença.

 

ETERNIDADE: A eternidade de Deus é a duração infinita sem começo e sem fim. Deus não teve princípio e não terá fim (Jó 36.26). Ele conhece os acontecimentos presentes. Contudo o passado, presente e futuro são igualmente conhecidos para ele. Para nós os acontecimentos ocorrem um a um. Mas Deus vê todos os acontecimentos como um todo ligado, como se fosse um único acontecimento. Moisés escreveu sobre a eternidade de Deus, dizendo: “Antes que os montes nascessem, ou que tu formasses a terra e o mundo, sim, de eternidade a eternidade, tu és Deus” (Sl 90.2).

 

IMUTABILIDADE: A imutabilidade de Deus não admite a possibilidade de mudança e nem sombra de variação. Na qualidade de ser infinito, absoluto, independente e eterno, Deus está acima de possibilidades de mudanças e variações. O apóstolo Tiago escreveu sobre a imutabilidade de Deus, dizendo: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança, nem sombra de variação” (Tg 1.17). O Senhor também falou de sua imutabilidade através do profeta Malaquias, dizendo: “Porque, eu, o SENHOR, não mudo; por isso, vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos” (Ml 3.6).

 

ONISCIÊNCIA: A onisciência de Deus é um termo teológico que se refere ao conhecimento e sabedoria infinitos de Deus e sua capacidade de conhecer perfeitamente todas as coisas. Calvino definiu a onisciência como “Aquele atributo mediante o qual Deus conhece a si mesmo e a todas as outras coisas em um só e simplicíssimo ato eterno”. Davi escreveu sobre a onisciência de Deus, dizendo: “Tu conheces o meu assentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento. Cercas o meu andar e o meu

deitar; e conheces todos os meus caminhos. Sem que haja uma palavra na minha língua, eis que, ó SENHOR, tudo conheces. Tu me cercaste em volta e puseste sobre mim a tua mão. Tal ciência é para mim maravilhosíssima; tão alta, que não a posso atingir” (Sl 139.2-6).

 

ONIPOTÊNCIA: A onipotência de Deus é um termo teológico que se refere ao poder ilimitado de Deus. Davi também escreveu sobre a onipotência de Deus, dizendo: “Grande é o SENHOR e muito digno de louvor; e a sua grandeza, inescrutável” (Sl 145.3). O próprio Deus revelou para Abraão a sua

onipotência, dizendo: “Eu sou o Deus Todo-Poderoso” (Gn 17.1). Jesus também revelou a onipotência de Deus, dizendo: “Mas a Deus tudo é possível” (Mt 19.26).

 

ONIPRESENÇA: A onipresença de Deus é um termo teológico que se refere à natureza ilimitada de Deus ou à sua capacidade de estar em todos os lugares ao mesmo tempo. Davi também escreveu sobre a onipresença de Deus, dizendo: “Para onde me irei do teu Espírito ou para onde fugirei da tua face? Se

subir ao céu, tu aí estás; se fizer no Seol a minha cama, eis que tu ali estás também; se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar, até ali a tua mão me guiará e a tua destra me susterá. Se disser: decerto que as trevas me encobrirão; então, a noite será luz à roda de mim. Nem ainda as trevas me escondem de ti; mas a noite resplandece como o dia; as trevas e a luz são para ti a mesma coisa” (Sl 139.7-12). O escritor da carta aos Hebreus também escreveu sobre a onipresença de Deus, dizendo: “E não há criatura alguma encoberta diante dele; antes, todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar” (Hb 4.13).




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