1 - Definição de Deus
Esse tema é muito vasto e grande demais para ser definido e até mesmo impossível para qualquer criatura definir o Criador, nenhum ser finito nunca vai conseguir detalhar ou descrever por completo, tipo 100% o Ser que é infinito como o nosso Deus, mas se fosse tentar explicar a Deus com palavras humanas e bem limitadas a gente pode usar uma frase de filósofo grego chamado Platão que disse assim acerca de Deus:
“Ele é o começo, meio e fim de todas as coisas. É a metade ou a razão suprema; a causa eficiente de todas as coisas; eterno, imutável, onisciente, onipotente. Tudo permeia e tudo controla. É justo, santo, sábio e bom; o absolutamente perfeito, começo de toda a verdade, a fonte de toda a lei e justiça, a origem de toda a ordem e beleza e, especialmente, a causa de todo o bem”
ou para o grande teólogo do século XI Anselmo de Cantuária, o pai da Escolástica, disse assim:
“Deus é o princípio e o fim de todas as coisas; Ele existe antes, durante e depois de todas as coisas, pois Ele criou tudo, mantém tudo e permanecerá eterno e imutável depois que todas as coisas tiverem seu fim. Em tudo se pode notar Deus, pois em cada criatura está uma inscrição de seu Criador. Ele criou todas as coisas existentes às nossas realidades sensíveis e também aquelas que nossa limitação sensitiva não é capaz de perceber, mas somente sofrer suas consequências. Tu estás inteiro por toda a parte e a tua eternidade é inteira e imperecível. Tu estás de tal maneira fora do espaço que não há em ti nem meio, nem metade, nem parte alguma. Tu és misericordioso porque és sumamente bom; és sumamente bom porque és sumamente justo, deve-se admitir que és verdadeiramente misericordioso porque és sumamente justo. Portanto, tu és justo conforme a tua natureza, ó Deus justo e benigno, tanto ao castigar como ao perdoar. Tu não és apenas aquilo de que não é possível pensar nada maior, mas és, também, tão grande que superas a nossa possibilidade de pensar-te”.
mas o melhor testemunho acerca de Deus não está na filosofia ou em algum teólogo, ou qualquer ser humano que seja, mas na sua palavra que é a melhor maneira de conhecer como é o nosso Senhor, temos que verificar na sua Palavra que deixou para nós, que o próprio Deus da uma definição de si mesmo dizendo:
Porque assim diz o Alto e o Sublime, que habita na eternidade, e cujo nome é Santo: Num alto e santo lugar habito; como também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos, e para vivificar o coração dos contritos.
Isaías 57:15
Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lhe manifestou.
Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis;
Romanos 1:19,20
Ora, ao Rei dos séculos, imortal, invisível, ao único Deus sábio, seja honra e glória para todo o sempre. Amém.
1 Timóteo 1:17
Mas, na verdade, habitaria Deus na terra? Eis que os céus, e até o céu dos céus, não te poderiam conter, quanto menos esta casa que eu tenho edificado.
1 Reis 8:27
A qual a seu tempo mostrará o bem-aventurado, e único poderoso Senhor, Rei dos reis e Senhor dos senhores;
Aquele que tem, ele só, a imortalidade, e habita na luz inacessível; a quem nenhum dos homens viu nem pode ver, ao qual seja honra e poder sempiterno. Amém.
1 Timóteo 6:15,16
De Deus, através de Deus e para Deus são todas as coisas por causa de Si mesmo, por causa do que Ele nos revela a respeito do Seu Ser Eterno. Toda a doutrina de fé, no todo ou em partes, torna- se uma proclamação de louvor a Deus, uma exibição de Suas excelências, uma glorificação de Seu nome.
Quem mediu na concha da sua mão as águas, e tomou a medida dos céus aos palmos, e recolheu numa medida o pó da terra e pesou os montes com peso e os outeiros em balanças?
Quem guiou o Espírito do Senhor, ou como seu conselheiro o ensinou?
Com quem tomou ele conselho, que lhe desse entendimento, e lhe ensinasse o caminho do juízo, e lhe ensinasse conhecimento, e lhe mostrasse o caminho do entendimento?
Eis que as nações são consideradas por ele como a gota de um balde, e como o pó miúdo das balanças; eis que ele levanta as ilhas como a uma coisa pequeníssima.
Nem todo o Líbano basta para o fogo, nem os seus animais bastam para holocaustos.
Todas as nações são como nada perante ele; ele as considera menos do que nada e como uma coisa vã.
A quem, pois, fareis semelhante a Deus, ou com que o comparareis?
Isaías 40:12-18
Eis que Deus é grande, e nós não o compreendemos, e o número dos seus anos não se pode esquadrinhar.
Jó 36:26
Tal ciência é para mim maravilhosíssima; tão alta que não a posso atingir.
Salmos 139:6
A Escritura coloca diante de nós o Deus vivo e deixa que nós o vejamos pelas obras de Suas mãos. Nós temos que levantar nossos olhos e ver que Ele fez todas as coisas. Todas as coisas foram feitas pela sua mão, criadas por Sua vontade e por Seu ato. E todas elas são sustentadas pelo Seu poder. Portanto todas as coisas apresentam o selo de Perfeição e a marca de Seu Amor, sabedoria e poder. E dentre todas as criaturas somente o homem foi criado A Sua imagem e semelhança. Somente o homem é chamado de geração de Deus (At 17.28).
A mesma Escritura que fala de modo mais exaltado da incomparável grandeza e majestade de Deus, ao mesmo tempo fala sobre Seus olhos e ouvidos, de suas mãos e pés, de Sua boca e de Seus lábios, de Seu coração e de Suas entranhas (Lucas 1.78).
Ela descreve todos os tipos de atributos de Deus – de sabedoria e conhecimento, vontade e poder, justiça e misericórdia, e descreve também Suas emoções, tais como, alegria e pena, ira, zelo e ciúme, arrependimento, ódio e raiva.
A Escritura fala de Deus pensando e observando, ouvindo e vendo, lembrando-se e esquecendo-se, cheirando e provando, sentando-se e levantando-se, visitando e abandonando, abençoando e castigando.
A Escritura compara Deus com o sol e com a luz, com uma fonte e com uma nascente, com uma rocha e com um refúgio, com uma espada e com um escudo, com um leão e com um juiz, com um marido e com um pastor, com um homem e com um pai.
Em resumo, tudo o que pode ser encontrado em todo o mundo na forma de suporte, e abrigo e socorro e original é abundantemente encontrado em Deus. De Deus toda a família, tanto no céu como sobre a terra, toma o nome.
Do qual toda a família nos céus e na terra toma o nome,
Efésios 3:15
Lembrando que algumas vezes a Escritura usa uma linguagem Antropomorfica, significa que ela está tornando em algo que não é humano, em forma humana. Exemplo, arrependimento, esquecimento, lembrança e dentre outros que foi falado antes, que são do ser humano para descrever como Deus está sentido em determinados momentos, para que nós os seres humanos que somos limitados possamos compreender o Senhor, por isso que a Escritura usa uma linguagem antropomorfica, não quer dizer que o nosso Deus pode se arrepender ou esquecer de algo porquê isso é impossível para o Senhor.
Ele se chama E nos deixa chama-lo por muitos, muitos nomes. Ele é o infinitamente exaltado, e ao mesmo tempo e aquele que vive com todas as Suas criaturas. Em certo sentido nenhum dos Seus atributos pode ser compartilhado, e em outro sentido eles podem ser compartilhados. Nós não podemos sondar esses atributos com nossa mente. Não existe algo como um conceito adequado de Deus. Ninguém pode dar uma definição de Deus que seja por completa ao descrever o Seu Ser.
Ao Todo-Poderoso não podemos alcançar; grande é em poder; porém a ninguém oprime em juízo e grandeza de justiça.
Jó 37:23
e com um conhecimento do mundo nunca vamos conseguir conhecer o Senhor.
Visto como na sabedoria de Deus o mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação.
1 Coríntios 1:21
A questão do conhecimento de Deus é um tema contínuo em toda a Bíblia. Do lado humano, por exemplo, há o lamento de Jó que diz:
Ah, se eu soubesse onde o poderia achar! Então me chegaria ao seu tribunal.
Jó 23:3
Ou ouvimos as palavras de Tomé:
Disse-lhe Tomé: Senhor, nós não sabemos para onde vais; e como podemos saber o caminho?
João 14:5.
e de Felipe:
Disse-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, o que nos basta.
João 14:8
O clamor do coração é por encontrar Deus, contemplá-lo e chegar em paz à sua presença. Do lado divino, as Escrituras retratam Deus supremamente desejoso de que seu povo o conheça. Uma das grandes passagens é de Jeremias
“Assim diz o Senhor: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem se glorie o forte na sua força; não se glorie o rico nas suas riquezas,
Mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me entender e me conhecer, que eu sou o Senhor, que faço beneficência, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o Senhor.
Jeremias 9:23,24”
Compreender e conhecer Deus — e gloriar-se nisso — é o alvo supremo e final. Isaías declara profeticamente que virá o dia em que “a terra se encherá do conhecimento do Senhor como as águas cobrem o mar” Essa é a consumação do desejo e da intenção divina: que todo o mundo chegue um dia a conhecê-lo. Por outro lado, a falta de conhecimento genuíno de Deus é mostrada nas Escrituras como algo trágico. Nas palavras de abertura da profecia de Isaías, existe este lamento: “Ouçam, ó céus! Escute, ó terra! Pois o Senhor falou: *[...] O boi reconhece o seu dono, e o jumento conhece a manjedoura do seu proprietário, mas Israel nada sabe, o meu povo nada compreende ” (1.2,3). Em consequência dessa falta de conhecimento, o povo de Israel “carregado de iniquidade Abandonaram o Senhor’’ (1.4); “a terra [...] está devastada, suas cidades foram destruídas a fogo” (1.7). Outro grande profeta, Oseias, exclama: “A fidelidade e o amor desapareceram desta terra, como também o conhecimento de Deus. [...] Por isso a terra pranteia [...] Meu povo foi destruído por falta de conhecimento” (Os 4.1,2,6). As consequências trágicas de não conhecer a Deus são males de todos os tipos — e destruição. O que o Senhor deseja de seu povo? Novamente de Oseias: “Desejo misericórdia, e não sacrifícios; conhecimento de Deus em vez de holocaustos” (6.6). E certamente virá um dia, declara o Senhor por meio de Jeremias, em que “ninguém mais ensinará ao seu próximo nem ao seu irmão, dizendo: 'Conheça ao Senhor’, porque todos eles me conhecerão, desde o menor até o maior” (Jr 31.34).
Não deve haver dúvidas de que o conhecimento de Deus é de suprema importância de acordo com as Escrituras. Devemos nos alegrar com isso acima de todas as coisas, muito acima de todas as outras glórias da terra. Sua falta leva à multiplicação do pecado e da iniquidade, do distanciamento de Deus e desolação. Mas Deus deseja ser conhecido. Um dia todos o conhecerão, e a terra ficará repleta desse conhecimento glorioso.
O conhecimento que Deus da de si mesmo na natureza e na Escritura é verdadeiro, puro e suficiente para nós possamos conhece-lo. Assim é Deus, e Ele se revelou em sua Palavra e especialmente em e através de Cristo; e só Ele preenche as necessidades de nosso coração.
Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho,
Hebreus 1:1
Antes da gente continuar somente comentar essa parte que é muito importante pro nosso entendimento acerca do conhecimento sobre o nosso Deus
Aqui o apostolo começa com uma declaração geral da excelência maior da revelação do evangelho em relação a revelação da lei, o que ele demonstra com base nas diferentes formas e maneiras de Deus comunicar-se a si mesmo e à sua vontade aos homens em uma revelação e em outra; ambas revelações eram da providencia de Deus, e ambas muito importantes e essencial para nós, e as duas revelações que é o antigo e o novo testamento não contém a Palavra de Deus, mas são a Palavra de Deus, mas há uma grande diferença na forma em que vem de Deus. Observe:
A forma em que Deus se comunicou a si mesmo e a sua vontade aos homens no Antigo Testamento. Temos
aqui um relato:
1. Das pessoas por meio de quem Deus revelou a sua vontade na época do Antigo Testamento; eram os profetas, isto é, pessoas escolhidas por Deus, e capacitadas por Ele, para essa missão de revelar os desígnios de Deus aos homens. Nenhum homem toma essa honra para si, a não ser que seja chamado; e todos os que são chamados por Deus são capacitados por Ele.
2. Das pessoas a quem Deus falou por meio dos profetas: aos pais, a todos os santos do Antigo Testamento que estavam sob essa revelação. Deus os favoreceu e honrou com luz muito mais clara do que a da natureza, sob a qual foi deixado o restante do mundo.
3. Da ordem com que Deus falou aos homens naqueles tempos que existiram antes do evangelho, aqueles tempos passados: Ele falou
ao seu povo antigo “...muitas vezes e de muitas maneiras”.
(1) Muitas vezes, ou por diversas partes, pois é o que significa a palavra, que pode ser uma referência ou as diversas épocas das revelações do Antigo Testamento - a patriarcal, a mosaica, a profética e outros escritos.
(2) De muitas maneiras, de acordo com as diferentes maneiras em que Deus considerou adequado comunicar a sua vontade aos seus profetas; por inspirações do seu Espirito, algumas as vezes por sonhos, as outras vezes por visões, as vezes por uma voz audível, as vezes por meio de caracteres legíveis escritos por sua própria mão, como quando escreveu os Dez Mandamentos em tabuas de pedra. Acerca de algumas dessas
formas o próprio Deus apresentou um relato em
Números 12.6-8: “Se entre vos houver profeta, eu, o Senhor, em visão a ele me farei conhecer ou em sonhos falarei com ele. Não e assim com o meu servo Moises, que é fiel em toda a minha casa. Boca a boca falo com ele, e de vista, e não por figuras”.
O método que Deus usa para comunicar seus desígnios e vontade sob a revelação do Novo Testamento, nestes últimos dias, como eles são chamados, isto é, ou em relação ao fim do mundo ou em relação ao
fim do estado judeu. Os tempos do evangelho são os últimos tempos, a revelação do evangelho e a última que devemos esperar de Deus.
Primeiro houve a revelação natural; depois, a patriarcal, por meio de sonhos, visões e vozes; então, a mosaica, na lei promulgada e escrita; depois, a profética, ao explicar a lei para que o povo obedeça e para repreensão do povo quando desviam da lei Deus e fornecer descobertas mais claras de Cristo. Mas agora não devemos esperar uma nova revelação, mas somente mais do Espirito de Cristo para nos ajudar a entender melhor o que já está revelado na Escritura Sagrada. Agora, a excelência da revelação do evangelho em comparação com as revelações anteriores consiste em duas coisas:
1. E a revelação final, conclusiva, dada nos últimos dias da revelação divina, a qual nada deve ser acrescentado, mas o Canon das Escrituras deve ser estabelecido e selado, de modo que agora a mente dos homens não deve estar mais em suspense em virtude da expectativa de novas descobertas, mas deve rejubilar na completa revelação da vontade de Deus, tanto nas normas quanto nas providências, tanto quanto for necessário que eles conheçam para a sua direção e conforto. Pois o evangelho inclui uma descoberta dos grandes eventos que acontecerão
a igreja de Deus no fim do mundo.
2. É uma revelação que Deus deu por meio do seu Filho, o mensageiro e pregador mais excelente que foi enviado ao mundo, muito superior a todos os antigos patriarcas e profetas e etc, que por meio de quem Deus comunicou a sua vontade ao seu povo em épocas anteriores. E aqui temos um relato excelente da gloria de nosso Senhor Jesus Cristo.
A gloria da sua posição, e isso em relação a três aspectos:
[1] Deus o designou para ser herdeiro de todas as coisas. Como Deus, Ele era igual ao Pai; mas, como Deus-homem e Mediador, Ele foi designado pelo Pai para ser herdeiro de todas as coisas, o soberano Senhor de tudo, o arbitro, diretor e regente absoluto de todas as pessoas e todas as coisas (SI 2.6,7). “E foi me dado todo o poder no céu e na terra”
(Mt 28.18; Jo 5.22.)
[2] Por meio dele, Deus fez os mundos, tanto o visível quanto o invisível,
os céus e a terra; não como uma causa instrumental, mas como palavra e sabedoria essenciais dele. Por meio dele, fez a antiga criação, por meio dele, faz a nova criação, e por meio dele, governa e rege a ambos.
[3] Ele sustenta todas as coisas “...pela palavra do seu poder”. Ele impede que o mundo se dissolva, “...todas as coisas subsistem por ele” (Cl 1.17 e também veja em Jo 1.3). O peso de toda a criação é colocado sobre Cristo: Ele sustenta todo e todas as partes. (Porque nele vivemos, e nos movemos, e existimos... Atos 17:28) Quando, na apostasia, o mundo estava se desfazendo em pedaços sob do pecado ao mundo, o Filho de Deus, assumindo a obra da redenção, restaurou-o novamente, e o estabeleceu por seu poder soberano e sua bondade. Nenhum dos antigos profetas ocupou uma posição dessas, nenhum foi suficiente para tal.
Assim o apostolo passa a tratar da gloria da pessoa de Cristo, que foi capaz de exercer tal missao: “O qual, sendo o resplendor da sua gloria, e a expressa imagem da sua pessoa” (v. 3). Essa e uma descrição sublime
e imponente do grandioso Redentor, e esse é um relato da sua excelência pessoal.
Ele é, em pessoa, o Filho de Deus, o Filho Unigênito de Deus, e como tal precisa ter a mesma natureza. Essa distinção pessoal sempre pressupoe uma e a mesma natureza. Todo o filho humano; se a natureza não fosse a mesma, a geração seria monstruosa.
A pessoa do Filho e a gloria do Pai, transparecendo e brilhando com o esplendor divino. Assim como os raios são emanações resplandecentes do sol, o pai é fonte da luz, assim Jesus Cristo e, na sua pessoa, Deus manifestado em carne; Ele é luz da luz, a verdadeira Shekinah que significa “habitação” ou “presença de Deus”. Para os teólogos a tradução que mais se aproxima dessa palavra é “a glória de Deus se manifesta”
A pessoa do Filho é a verdadeira imagem e caráter da pessoa do Pai; sendo da mesma natureza, Ele precisa levar a mesma imagem e semelhança. Ao contemplarmos o poder, a sabedoria e a bondade do Senhor Jesus Cristo, nos contemplamos o poder, a sabedoria e a bondade do Pai; pois Ele tem a natureza e a perfeição de Deus em si
mesmo. “Quem vê o Filho vê o Pai”; isto e, vê o mesmo Ser. Quem conheceu o Filho conheceu o Pai (Jo 14.7-9). Porque o Filho está no Pai, e o Pai no Filho. Essa é a gloria da pessoa de Cristo; a plenitude
não está tipicamente, mas realmente, nEle.
Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade; Colossenses 2:9
Da gloria da pessoa de Cristo ele prossegue para mencionar a gloria da sua graça; sua benevolência em si já era verdadeiramente gloriosa. Os sofrimentos de Cristo tinham essa grande honra em si, de serem a expiação completa pelos pecados do mundo: Ele fez “...por si mesmo a purificação dos nossos pecados”, isto é, pelo próprio mérito inato da sua morte e derramamento de sangue, por seu essencial e infinito valor;
como eram os sofrimentos dEle mesmo, Ele fez expiação pelo pecado. Ele mesmo, a gloria da sua pessoa e natureza, deu aos seus sofrimentos tal mérito que servisse de reparação suficiente da honra a Deus, que havia sofrido injuria e afronta infinitas pelos pecados da humanidade.
Da gloria dos seus sofrimentos somos finalmente conduzidos a considerar a gloria da sua exaltação: “...havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se a destra da Majestade, nas alturas”, a destra do seu Pai. Como Mediador e Redentor, Ele é investido da mais alta honra, autoridade e atividade, para o bem do seu povo; e o Pai agora faz todas as coisas por meio dEle, e recebe através dEle todos os serviços do seu povo como adoração, glória, exultação e cultos etc.
Tendo ele, pois, saído, disse Jesus: Agora é glorificado o Filho do homem, e Deus é glorificado nele.
Se Deus é glorificado nele, também Deus o glorificará em si mesmo, e logo o há de glorificar.
João 13:31,32
E tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho.
João 14:13
Então, não foi por meio de ninguém se não por Jesus Cristo que Deus nesses últimos dias falou aos homens; e, visto que a dignidade do mensageiro confere autoridade e excelência a mensagem, a revelação do
evangelho precisa exceder, e em muito, a revelação da lei, porque o antigo testamento é a sombra do que viria, isto é, o novo testamento.
Cl 2:17: "Que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo."
Hb 8:5-7: "Os quais servem de exemplo e sombra das coisas celestiais, como Moisés divinamente foi avisado, estando já para acabar o tabernáculo; porque foi dito: Olha, faze tudo conforme o modelo que no monte se te mostrou. Mas agora alcançou ele ministério tanto mais excelente, quanto é mediador de uma melhor aliança que está confirmada em melhores promessas. Porque, se aquela primeira fora irrepreensível, nunca se teria buscado lugar para a segunda."
Hb 10:1: "PORQUE tendo a lei a sombra dos bens futuros, e não a imagem exata das coisas, nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem cada ano, pode aperfeiçoar os que a eles se chegam."
Hb 9:8-16: "Dando nisto a entender o Espírito Santo que ainda o caminho do santuário não estava descoberto enquanto se conservava em pé o primeiro tabernáculo, Que é uma alegoria para o tempo presente, em que se oferecem dons e sacrifícios que, quanto à consciência, não podem aperfeiçoar aquele que faz o serviço; Consistindo somente em comidas, e bebidas, e várias abluções e justificações da carne, impostas até ao tempo da correção. Mas, vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação, Nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção. Porque, se o sangue dos touros e bodes, e a cinza de uma novilha esparzida sobre os imundos, os santifica, quanto à purificação da carne, Quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará as vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo? E por isso é Mediador de um novo testamento, para que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia debaixo do primeiro testamento, os chamados recebam a promessa da herança eterna. Porque onde há testamento, é necessário que intervenha a morte do testador."
E Jesus é o principal e melhor caminho para conhecer o Deus Pai, porque por meio dEle se revelou a nós.veja:
Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, esse o revelou.
João 1:18
Todas as coisas me foram entregues por meu Pai, e ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar.
Mateus 11:27 e Lucas 10:22
Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.
Se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai; e já desde agora o conheceis, e o tendes visto.
João 14:6,7
Então o caminho para conhecer a Deus somente através de Cristo Jesus, nos seus ensinamentos e também através da sua vida, caráter e testemunho que deixou para nós de exemplo, porque Jesus é a expressa imagem da pessoa de Deus
O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da majestade nas alturas;
Hebreus 1:3
E esse testemunho até hoje fala por meio do Espirito Santo de testifica acerca do Filho para toda a humanidade, e agora essa parte vamos tirar um tempo para falar mais sobre o Espírito Santo que é muito importante para o conhecimento do Pai e do Filho
Jo 14:26: "Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito."
O Consolador, o Espírito Santo, seria enviado como o Representante de Jesus. O Espírito também iria lembrar os discípulos do que Jesus lhes havia dito. Os apóstolos se lembraram e escreveram com a ajuda do
Espírito. O Evangelho de João - e até mesmo todo o Novo Testamento — não existiria se não fosse por esta obra do Espírito Santo, de fazer com que os discípulos se lembrassem de tudo o que aconteceu.
No caso dos discípulos, o Espírito Santo guiou o registro do Novo Testamento de uma forma incomparável, lembrando-os de todas as coisas. Este processo ainda está em pleno vigor em nossos dias. Nós também temos este precioso Espírito, que nos lembra de todas as coisas.
Os discípulos primeiro ouviram Jesus falar; nós descobrimos as palavras de Jesus nas Escrituras. Ler, estudar, memorizar, meditar, e obedecer são ações que implantam as palavras de Cristo firmemente dentro de nós, e o Espírito Santo faz com que nos lembremos de sua aplicação à medida que nos movemos pela vida.
Mas, quando vier o Consolador, que eu da parte do Pai vos hei de enviar, aquele Espírito de verdade, que procede do Pai, ele testificará de mim.
E vós também testificareis, pois estivestes comigo desde o princípio.
João 15:26,27
Jesus tinha dito que o Pai enviaria o Consolador, o Espírito da verdade. A palavra Consolador transmite a ideia da obra do Espírito que ajuda, incentiva e fortalece, pois Ele representa a Cristo. O Espírito da verdade aponta a obra de ensino, esclarecimento e lembrança realizada pelo Espírito. O Espírito Santo ministra tanto para a mente quanto para o coração, e ambas as dimensões são importantes.
O Espírito viria aos crentes e testificaria sobre Jesus. Estes discípulos eram a ligação vital entre Jesus Cristo e todos os crentes subsequentes. Eles precisariam que o Espírito Santo os lembrasse de que enquanto pregassem, ensinassem e escrevessem, eles estariam transmitindo a verdade do Evangelho. O Espírito Santo cuidaria para que o testemunho deles não fosse prejudicado pela perseguição.
Jesus já tinha advertido estes homens sobre a perseguição que viria para que eles não fossem surpreendidos. Os discípulos iriam testificar a outros que Jesus é o Messias. O Espírito Santo iria testificar preparando os corações e as mentes das pessoas, convencendo-as da verdade do Evangelho e capacitando-as a receber a mensagem. Em termos de aplicação, este versículo se estende a todos os cristãos. Todos os cristãos são convocados a testificar a respeito de Jesus, permitindo que o Espírito Santo os ajude nas épocas de perseguição e os lembre da verdade da palavra e da obra de Deus nos corações e nas mentes dos seus ouvintes, porque através do Espírito Santo Deus se revela para nós
Mas falamos a sabedoria de Deus, oculta em mistério, a qual Deus ordenou antes dos séculos para nossa glória;
A qual nenhum dos príncipes deste mundo conheceu; porque, se a conhecessem, nunca crucificariam ao Senhor da glória.
Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam.
Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus.
1 Coríntios 2:7-10
Todavia digo-vos a verdade, que vos convém que eu vá; porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, quando eu for, vo-lo enviarei.
E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo.
Do pecado, porque não crêem em mim;
Da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais;
E do juízo, porque já o príncipe deste mundo está julgado.
Ainda tenho muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora.
Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir.
Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu, e vo-lo há de anunciar.
Tudo quanto o Pai tem é meu; por isso vos disse que há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar.
João 16:7-15
Sem a morte e a ressurreição de Jesus nós não podemos ser salvos. A sua morte possibilitou a remoção dos nossos pecados. Antes que Jesus pudesse derrotar a morte com a sua ressurreição, Ele tinha que submeter-se à morte. E se Ele não voltasse para o Pai, o Consolador, o Espírito Santo, não viria da maneira como Deus tinha planejado.
Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre.
E isto disse ele do Espírito que haviam de receber os que nele cressem; porque o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter sido glorificado.
João 7:38,39.
Depois da sua glorificação - por meio do processo da crucificação, ressurreição e ascensão - Jesus poderia enviar o Espírito aos crentes. A presença de Cristo na terra estava limitada a um lugar por vez.
Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus,
Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens;
Filipenses 2:6,7
A sua partida significava que Ele poderia estar, por meio do Espírito Santo, em cada crente do mundo inteiro. Assim, era para o bem deles que Ele tinha que partir. O Espírito poderia realizar a obra de Jesus num nível mais intenso por toda a história da igreja. Por meio do Espírito, o Evangelho seria pregado em todo o mundo.
Convencer quer dizer “expor os fatos, convencer alguém da verdade, acusar, refutar ou interrogar uma testemunha”. O pecado do mundo é a falta de fé em Jesus. O maior pecado é a recusa em crer em Jesus
Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.
João 3:18.
Aqueles que rejeitam a Jesus estão correndo o risco da separação eterna de Deus. A justiça está disponível às pessoas porque Jesus foi para o Pai. A função do Espírito será mostrar a todas as pessoas que somente Cristo fornece o padrão da justiça de Deus. O Espírito Santo deve fazer os incrédulos reconhecerem o padrão perfeito de Deus antes de admitir a sua própria deficiência. Isto também pode significar que o Espírito irá mostrar ao mundo a inutilidade do fanatismo religioso. O Espírito Santo mostra a inadequação dos cerimoniais e dos rituais quando o objetivo e proporcionar um bom relacionamento com Deus (veja
Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus.
Mateus 5:20;
Porquanto, não conhecendo a justiça de Deus, e procurando estabelecer a sua própria justiça, não se sujeitaram à justiça de Deus.
Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê.
Romanos 10:3,4;
Segundo o zelo, perseguidor da igreja, segundo a justiça que há na lei, irrepreensível.
Mas o que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo.
E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como escória, para que possa ganhar a Cristo,
E seja achado nele, não tendo a minha justiça que vem da lei, mas a que vem pela fé em Cristo, a saber, a justiça que vem de Deus pela fé;
Filipenses 3:6-9).
O Espírito irá mostrar que, por meio da morte e ressurreição de Cristo, já o príncipe deste mundo está julgado e condenado. Embora Satanás ainda se esforce ativamente para insensibilizar, intimidar e iludir os que estão neste mundo
(Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar;
1 Pedro 5:8),
nós devemos tratá-lo como um criminoso condenado, pois Deus determinou a ocasião da sua execução (veja Apocalipse 20 completo).
Condenar-nos pelo nosso pecado, convencer nós da justiça de Deus e convencer-nos do julgamento iminente de Satanás (e também do nosso) descreve três abordagens usadas pelo Espírito Santo. Nem todos nós precisamos das três para nos convencer de que precisamos da graça de Deus. O Espírito Santo não esmaga aqueles que somente precisam de um toque. Alguns são simplesmente mais teimosos e resistentes do que outros. Deus demonstra sua graça, vindo a cada um de nós com o nível de persuasão necessário, para que respondamos de forma positiva.
Depois de ter indicado o que o Espírito estará fazendo no mundo (16.7-11), Jesus disse aos discípulos o que o Espírito estará fazendo nos crentes. Mas muito do que Jesus disse aos discípulos não ficaria claro para eles até os eventos da crucificação e da ressurreição. Jesus queria dizer-lhes mais coisas, mas eles não podiam suportar ouvi-las agora.
O papel fundamental do Espírito da verdade é guiar os crentes em toda a verdade. Com verdade Jesus se referia à verdade sobre a sua identidade, a verdade das suas palavras e a verdade sobre tudo o que iria acontecer com Ele. Com o tempo, eles iriam compreender completamente que Ele era o Filho, vindo do Pai, enviado para salvar as pessoas dos pecados que praticavam.
Mas somente depois da ocorrência destes eventos, e somente por meio da orientação do Espírito Santo, os discípulos seriam capazes de entender. O Espírito Santo é a orientação verdadeira para todos os crentes; a sua tarefa principal é instruir nos a respeito da verdade
(E vós tendes a unção do Santo, e sabeis todas as coisas. 1 João 2:20).
E Jesus é a verdade encarnada junto com o Pai que também é verdade
Veja sobre Jesus:
Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade. João 17:17
E estava vestido de veste tingida em sangue; e o nome pelo qual se chama é A Palavra de Deus. Apocalipse 19:13
No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. João 1:1
E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade. João 1:14
Porque a lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo. João 1:17
Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim. João 14:6
Sobre o Pai
Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, porque todos os seus caminhos justos são; Deus é a verdade, e não há nele injustiça; justo e reto é. Deuteronômio 32:4
Os discípulos não tinham recebido poder de predizer o futuro - isto é, os eventos da crucificação, ressurreição, ascensão e talvez a segunda vinda, mas o Espírito lhes anunciaria o que haveria de vir. Os discípulos não compreenderiam plenamente até que o Espírito Santo viesse depois da morte e ressurreição de Jesus. Então, o Espírito Santo iria revelar aos discípulos verdades que eles iriam escrever nos livros que agora formam o Novo Testamento.
O Espírito não se glorifica a si mesmo; em lugar disto, Ele glorifica o Filho. O Espírito revela aos crentes quem é Deus. Ao fazer isto, Ele individualiza os ensinos de Cristo e convoca as pessoas à obediência. O Espírito Santo nos faz desejar aplicar as palavras de Cristo, nos ensina como fazê-lo e então nos ajuda a fazê-lo!
Jesus explicou que o Espírito Santo trabalha em completa submissão ao Pai e ao Filho, e em harmonia com eles. O Espírito revela o Filho aos crentes. Ao revelar o Filho, o Espírito também está revelando o Pai porque todos os atributos do Filho são também atributos do Pai. “Tudo quanto o Pai tem é meu”. Assim o Espírito revela aos crentes o que Ele recebe do Filho que, por sua vez, expressa o Pai. Esta imagem verbal do que não pode ser completamente visto pelos seres humanos finitos nos ajuda a compreender a profunda unidade de Deus.
Aquilo que chamamos de Doutrina da Trindade é um resumo do que Jesus ensinou sobre o seu relacionamento com o Pai e o Espírito. Sem diminuir de forma alguma a assombrosa revelação de Deus como um só, Jesus demonstrou que a unidade de Deus é ao mesmo tempo uma trindade: Pai, Filho e Espírito Santo. Deus existe em uma harmonia perfeita e completa, e ao mesmo tempo funciona na pessoa do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Eles são um só, e se relacionam um com o outro. Eles estão além da nossa compreensão perfeita; mas eles se revelaram graciosamente a nós para que possamos crer, confiar, e ser salvos!
0 esforço de se levar em conta todos os dados das Sagradas Escrituras quanta sua doutrina a Deus e manter tanto Sua transcendência quanta Seu relacionamento com Suas criaturas, levaram a Igreja Crista a fazer distinção entre dois grupos de atributos do Ser divino. Esses dois grupos receberam vários nomes desde os tempos da Igreja primitiva. A Igreja Romana ainda prefere falar em atributos negativos e positivos, os luteranos falam em atributos inativos e operativos e a Igreja Reformada fala em atributos incomunicáveis e atributos comunicáveis. Todavia, no fundo, essa divisão e equivalente em todas essas igrejas.
0 objetivo de cada uma delas e insistir na transcendência de Deus (Sua distinção ao e Sua elevação sobre todo o mundo) e em Sua imanência (Seu contato e Sua habitação no mundo). Essa parte prefiro ficar com os nomes Reformados de atributos incomunicáveis também podem ser chamados de atributos naturais e atributos comunicáveis são chamados também de atributos morais, fazem mais justiça ao seu propósito do que os nomes dados pelos católicos e pelos luteranos. A insistência sobre o primeiro grupo de atributos livra-os do politeísmo que é conhecido como “culto de muitos deuses”.
Era característico das religiões antigas, mas até hoje é praticado entre muitos povos e nações, principalmente na Índia, onde se acredita que existam treze milhões de deuses. Baseia-se o politeísmo na ideia de que o Universo é governado não só por único Deus, mas sim por muitos deuses, de maneira que há um deus na água, um deus no fogo, um deus em cada animal, um deus nos pássaros, nas montanhas etc. O apóstolo Paulo descreve como surgiu o politeísmo, dizendo: “E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis” (Romanos 1.23).
A Palavra de Deus derruba totalmente esta teoria, dizendo: “Um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos, e em todos” (Efésios 4.6). e também nos livra do panteísmo é proveniente de duas palavras gregas, que significam “tudo é Deus”. É um sistema de pensamento que confunde Deus com a natureza e o identifica com o Universo, árvores, pedras, terra, água etc. O apóstolo Paulo também descreve como surgiu o panteísmo, dizendo: “pois mudaram a verdade de Deus em mentira e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém!” (Romanos 1.25). A Bíblia afirma que: “Os céus manifestam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos” (Salmos 19.1).
Portanto, a natureza apenas expressa a glória do Criador; e a insistência sobre o segundo grupo de atributos protege-nos contra o deísmo que admite que haja um Deus pessoal que criou o mundo, mas insiste que, depois da criação, Deus abandonou o mundo e entregou para ser governado pelas leis naturais. A Bíblia condena totalmente esta teoria, dizendo: “Exaltado está o SENHOR, acima de todas as nações, e a sua glória, sobre os céus. Quem é como o SENHOR, nosso Deus, que habita nas alturas; que se curva para ver o que está nos céus e na terra; que do pó levanta o pequeno e, do monturo, ergue o necessitado, para o fazer assentar com os príncipes, sim, com os príncipes do seu povo; que faz com que a mulher estéril habite em família e seja alegre mãe de filhos? Louvai ao SENHOR!” (Salmos 113.4-9).
Este texto revela a transcendência e imanência de Deus. Como transcendente, Deus é sublime e está acima de tudo! Porém como imanente, Ele se inclina para observar a sua criação e interfere no dia a dia das pessoas, exaltando o humilde, fazendo até a mulher estéril ser alegre mãe de filhos e por fim nos livra do ateísmo se define hoje como um movimento humanista radical que nega a existência de Deus. O ateu nega o conceito de Deus por não ser capaz de descobrir no Universo material a existência de Deus. Porque Deus sendo Espírito não pertence à categoria da matéria e, portanto, não pode ser descoberto por investigações meramente naturais ou humanas. Entretanto a Bíblia mostra que o Universo material proclama a glória de Deus (Sl 19.1).
A crença na existência de Deus é universal. Nunca existiram povos ateus. Ficou provado, tanto pela história como pela arqueologia, que “nunca se encontrou tribo ou nação que não tenha alguma noção de um ser supremo, um Deus que através de suas religiões procuram se aproximar dele e agradar-lhe por meio de sacrifícios, às vezes até de sangue”. O moralista e historiador grego Plutarco (45-125 d.C.) costumava dizer o seguinte: “É possível encontrar cidades sem muralhas, sem ginásios, sem leis, sem moedas, sem cultura literária, mas um povo sem Deus, sem orações, sem juramentos, sem ritos religiosos, sem sacrifícios jamais foi encontrado”. E mais para frente do estudo vamos falar com detalhe sobre essas teorias acerca de Deus e a refutação bíblica cada dessas teorias.
Os atributos Deus coincidem com Seu Ser. Todo atributo é Seu Ser. Ele é sabedoria, verdade, santidade, justiça e misericórdia. Portanto Ele é, também, a fonte de todos os atributos do homem. Ele é tudo o que Ele possui e é a fonte de tudo o que Suas criaturas possuem. Ele é a abundante fonte de todos os bens.
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